Cooperativa: o que é e como funciona?

Nesse artigo que preparamos para vocês, vamos abordar sobre o que é cooperativa, quais são os tipos, como funciona e mais! Confira e fique por dentro de tudo!

Uma cooperativa é muito mais do que uma simples palavra, é um modelo de organização que coloca a colaboração e a participação de seus membros no centro de sua essência.

 

Neste artigo, iremos mostrar para você o que é uma cooperativa e como ela funciona, desvendando os princípios fundamentais que a orientam e os benefícios que oferece aos seus membros e à comunidade em geral.


Da agricultura à saúde, da habitação aos serviços financeiros, as cooperativas desempenham um papel vital em nossa sociedade, promovendo a solidariedade, a equidade e a prosperidade mútua.


Vamos adentrar nesse mundo de cooperação e descobrir como as cooperativas se destacam como modelos econômicos e sociais diferenciados.

Cooperativa: o que é?

Uma estrutura colaborativa compreende uma alternativa econômica estabelecida por uma comunidade com interesses mútuos num empreendimento específico. Este sistema opera sem foco em lucros ou ganhos financeiros.


De acordo com a Organização Cooperativa Brasileira (OCB), as cooperativas são definidas como um coletivo de, pelo menos, 20 indivíduos que estão unidos por um acordo mútuo para colaborar, operar de forma democrática e participativa e compartilhar objetivos comuns.



O campo jurídico adere à Política Cooperativa Nacional que define as cooperativas como sociedades de indivíduos que possuem forma jurídica e status próprios. Estas sociedades são de natureza civil e não podem ser declaradas falidas.

As cooperativas foram criadas para prestar serviços aos seus membros, diferenciando-se de outros tipos de sociedades.

A origem do cooperativismo

Origem da Cooperativa

As raízes do cooperativismo remontam à Revolução Industrial em Inglaterra, uma época em que a classe trabalhadora enfrentava circunstâncias econômicas terríveis. Com o advento de novas tecnologias e a ascensão das fábricas tornaram difícil para os trabalhadores sobreviverem.


Para reagir, uma equipe de trabalhadores optou por combinar os seus ativos e estabelecer uma comunidade cooperativa. Esta abordagem iria permitir a eles colaborar para o seu bem-estar coletivo.


O modelo de estrutura empresarial rapidamente se disseminou por diversas regiões da América do Norte e da Europa.


A Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto foi a primeira cooperativa a introduzir o conceito de cooperativismo no Brasil, especificamente na indústria agrícola, datando de 1889.


Nos dias de hoje, sociedades desta natureza podem ser encontradas em todo o mundo e a sua importância em termos de reforço das forças de trabalho e das populações locais continua a ser primordial.


No Brasil, atualmente, já são mais de 4.880 sociedades cooperativas e mais da metade desse número já ultrapassou 20 anos de atuação no mercado brasileiro.

Como funciona uma cooperativa?

Uma cooperativa é uma forma de organização econômica e social em que indivíduos ou grupos se unem voluntariamente para alcançar objetivos comuns por meio da cooperação mútua.

 

As cooperativas são diferentes de empresas tradicionais porque são propriedade e controladas por seus membros, e seu principal objetivo não é maximizar os lucros, mas atender às necessidades e interesses dos membros.


A seguir iremos detalhar melhor como funcionam as cooperativas. Confira!


1. Membros

As cooperativas são formadas por um grupo de pessoas ou organizações que compartilham interesses ou necessidades comuns. Esses membros têm direito de voto nas decisões da cooperativa, independentemente do número de ações ou cotas que possuem.


2. Adesão voluntária e aberta

A adesão a uma cooperativa é voluntária e aberta a todos que atenderem aos critérios de elegibilidade estabelecidos pela cooperativa. Geralmente, as cooperativas têm requisitos mínimos de adesão, como a compra de uma cota ou a subscrição de ações.


3. Controle democrático

As cooperativas operam com base no princípio "um membro, um voto", o que significa que cada membro tem direito a um único voto nas decisões da cooperativa, independentemente de seu nível de participação ou investimento financeiro.


4. Participação dos membros

Os membros participam ativamente nas operações e na gestão da cooperativa, seja através da eleição de líderes, da participação em comitês ou da contribuição para o funcionamento da cooperativa de outras maneiras.


5. Benefícios compartilhados

Os benefícios gerados pela cooperativa são distribuídos entre os membros de acordo com sua participação ou utilização dos serviços da cooperativa. Isso pode ser feito na forma de dividendos, descontos, serviços a preços mais baixos ou outros benefícios diretos.


6. Autonomia e independência

As cooperativas são organizações autônomas e independentes, operando de acordo com seus próprios princípios e valores. Elas podem fazer parcerias e colaborações com outras entidades, mas mantêm sua autonomia de decisão.


7. Preocupação com a comunidade

Muitas cooperativas têm uma forte conexão com suas comunidades locais e se envolvem em atividades de responsabilidade social corporativa.


Existem muitos tipos diferentes de cooperativas, abrangendo diversos setores, como agricultura, serviços financeiros, consumo, habitação, saúde, educação e muito mais.


Elas são uma alternativa econômica que visa equilibrar os interesses dos membros e promover a cooperação em vez da competição.

Contudo, o funcionamento exato de uma cooperativa pode variar dependendo do tipo e das leis e regulamentos locais que a regem.

Cooperativa e os seus modelos

Tipos de Cooperativa

No Brasil, as cooperativas atuam em modelos que seguem os principais ramos da economia.

Veja quais são eles a seguir:


Agricultura

As cooperativas agrícolas expandiram o seu âmbito para além da produção agrícola e pecuária, para abranger atividades como indústrias extrativas, operações agro-industriais, aquicultura e pesca.


Essas cooperativas são responsáveis ​​por receber, armazenar, processar e distribuir os produtos de seus participantes. Eles também fornecem suporte técnico e iniciativas educacionais.


Crédito

As cooperativas de crédito são instituições financeiras que oferecem aos membros diversas soluções financeiras, incluindo empréstimos, cartões de crédito e opções lucrativas de investimento.


O aspecto mais notável das cooperativas de crédito são as suas condições de emprego, que são adaptadas às circunstâncias individuais. Isto permite taxas de juros mais baixas e condições de pagamento mais flexíveis, facilitando aos membros a gestão das suas finanças.


A utilização de cooperativas de crédito serve como uma ferramenta para integrar grupos marginalizados na rede financeira mais ampla de uma nação.


Transporte

Neste setor, encontramos associações que se concentram na prestação de serviços de locomoção, tanto de mercadorias quanto de pessoas.


As cooperativas se estabelecem de acordo com a modalidade: transporte individual (táxis e mototáxis), transporte coletivo (vans, ônibus), transporte escolar e transporte de carga.


Elas têm como objetivo aprimorar as frotas dos membros, assegurando a segurança e o conforto nas viagens. Durante a pandemia da Covid-19, surgiram cooperativas desse nicho, notadamente com entregadores de aplicativos de alimentos e bebidas.


Trabalho, Produção de Bens e Serviços

Este é um termo abrangente que engloba diversas categorias de cooperativas. Elas compartilham a característica de fornecer serviços especializados e podem ser formadas por grupos de recicladores, artesãos, educadores, profissionais de turismo e recreação, entre outros.


Saúde

O Brasil lidera globalmente neste campo, abrigando o maior número de cooperativas dedicadas à promoção da saúde. Esse segmento reúne médicos, dentistas, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde.



As cooperativas também operam como provedores de serviços de saúde, permitindo que ofereçam planos privados de assistência médica para seus membros.

Vale a pena se associar a uma cooperativa?

Agora que você já compreende o conceito de cooperativa e os tipos, vamos explorar as razões que fazem ingressar nesse modelo de negócios uma escolha atraente.


Lembre-se: a participação está aberta a todos, desde que compartilhem da missão da cooperativa.


1. Acesso a produtos e serviços

Para aqueles que trabalham de forma autônoma, nem sempre é fácil investir em educação profissional ou adquirir recursos a preços competitivos. Associar-se a uma cooperativa oferece uma solução para melhorar as condições de trabalho e obter acesso a recursos de maneira eficaz e segura.


2. Gestão colaborativa

Os membros de uma cooperativa são os principais interessados no sucesso da empreitada. Seguindo essa lógica, todos os associados da cooperativa colaboram em prol do bem coletivo.


Eles identificam falhas, propõem melhorias e trabalham juntos para construir um futuro melhor. Isso se traduz em uma participação ativa e uma voz real nos processos decisórios.


3. Participação nos lucros

Os excedentes financeiros gerados durante o ano são distribuídos entre os membros da cooperativa.


Esses recursos podem ser compartilhados entre os cooperados ou reinvestidos para sustentar as operações. A decisão sobre a alocação desses recursos ocorre em assembleias, garantindo transparência e democracia.


4. Compromisso com a comunidade

O princípio cooperativista parte da ideia de que o sucesso de um beneficia a todos. Se, por exemplo, a loja da Dona Maria expande suas operações, ela pode contratar jovens do bairro como aprendizes, proporcionando emprego e renda na comunidade local. Assim, cria-se um ciclo virtuoso de empregabilidade, renda e prosperidade para as pessoas ao redor, sustentado pelas atividades da cooperativa.


5. Atendimento personalizado

Você já se sentiu como "apenas mais um cliente" na fila de um serviço, não é mesmo? No contexto de uma cooperativa, a experiência é diferente.


Cada membro é uma parte essencial da história da organização, e isso se reflete em um atendimento caloroso e próximo. O relacionamento pessoal ajuda a concretizar sonhos e planos, tornando a experiência mais significativa e satisfatória.

O que dizem as leis sobre a cooperativa

Leis cooperativa

Inicialmente, a Constituição Federal, no seu Artigo 5°, que estabelece os direitos e deveres individuais e coletivos, especialmente no Inciso XVIII, permite a criação de cooperativas sem necessidade de autorização, proibindo qualquer intervenção do Estado em seu funcionamento.


Apesar de a Constituição de 1988 ter mencionado a possibilidade de estabelecer esse tipo de empreendimento, eles já existem desde muito antes da nossa Lei Maior.


A Lei 5.764, promulgada em 1971, já permitia a fundação das cooperativas. Essa legislação estabeleceu o regime legal das sociedades cooperativas, que continua em vigor até os dias atuais.


Além disso, algumas organizações zelam pela proteção, defesa e representação desses empreendimentos no Brasil.


Uma delas é o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP, uma instituição sem fins lucrativos encarregada do ensino, formação, orientação e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras.


Outra entidade é a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que atua como a principal representante e defensora dos interesses do cooperativismo nacional.

Tipos de sociedades cooperativas

As sociedades cooperativas podem ser categorizadas em três diferentes modalidades.



Para compreendê-las, é necessário explorar os propósitos das organizações e as suas escalas. Veja mais informações a seguir.


1. Cooperativa singular

Esta é a primeira instância de uma cooperativa. As entidades que se enquadram neste nível são reconhecidas por operar como cooperativas para indivíduos, e, portanto, seu principal objetivo é oferecer serviços diretos aos seus membros cooperados.


Cada cooperativa singular é formada por, no mínimo, 20 cooperados. Normalmente, não é permitida a adesão de pessoas jurídicas, mas quando é permitida, a condição é que elas não atuem no mesmo setor de mercado.


2. Cooperativa central ou federal

Um sistema de cooperativa central é classificado como o segundo grau. Seus produtos e serviços são direcionados de cooperativas para cooperativas. Essas organizações são compostas por, no mínimo, três cooperativas singulares.


Portanto, seu objetivo principal é coordenar as atividades das cooperativas filiadas, com o propósito de facilitar a sua utilização pelos cooperados.


3. Confederação de cooperativas

Semelhante às cooperativas de segundo e terceiro grau, as confederações de cooperativas têm como finalidade administrar os serviços de suas filiadas. De fato, uma confederação é, essencialmente, uma cooperativa para federações.


Consequentemente, uma confederação de cooperativas é composta por, no mínimo, três cooperativas centrais ou federações de qualquer setor.

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Agora que você possui conhecimento sobre o conceito de cooperativas, como funciona e os tipos, considere escolher a Cooperbom para auxiliá-lo na gestão financeira, no planejamento de investimentos futuros e na busca por uma vida mais próspera.



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